Confira como foi a primeira Conversa no Quintal

 

 

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Nesta quarta, 15 de fevereiro, ocorreu a primeira edição do Conversa no Quintal, realizada pelo Instituto de Políticas Relacionais. Com um clima descontraído, o encontro, que acontecerá mensalmente, visa discutir assuntos atuais e relevantes. Este primeiro pegou o gancho do Carnaval e questionou: “Essa rua é nossa?”. Vanessa Labigalini, Diretora de Comunicação e Projetos do Relacionais, fez uma fala de abertura, contou um pouco sobre a organização e instigou o debate sobre a utilização dos espaços públicos.

Um dos convidados, Estêvão Romane, diretor do Rua Livre, começou lembrando que “o carnaval de rua foi um grande catalizador da ocupação dos espaços públicos”. Ainda sobre o Carnaval, Felipe Levignatti, Diretor Executivo da Liquid Media Laab, levantou a questão do medo da privatização dos blocos e Selene Cunha, Assessora de Comunicação do Museu Lasar Segall, lembrou que este ano alguns blocos tiveram que desfilar em lugares fechados, o que contradiz o propósito do carnaval de rua.

Carolina Guido, da startup Urb-i completou e explicou que o que aconteceu foi a “ressignificação do espaço”, ou seja, as pessoas passaram a ver a rua como local de lazer. “Ela precisa ser apropriada pelos cidadãos e não só mais uma via pela qual você passa de vez em quando”, disse. Segundo Carolina, a ocupação é importante para que a rua se torne um local funcional de fomento à cultura e que, acima de tudo, que facilitam a vida do cidadão.

Por outro lado, questionado sobre a privatização de equipamentos e serviços públicos proposta pela nova prefeitura de São Paulo, o representante da Prefeitura Regional de Pinheiros, Aluísio Júnior, defendeu que o que está sendo incentivado é a concessão a empresas privadas e a doação de serviços. “Nada mais justo que as empresas e grandes fornecedores devolvam um pouco do crescimento proporcionado pelos equipamentos públicos aos seus negócios”, afirma citando exemplos de empresas esportivas com interesse em investir em parques e ciclofaixas.

Ao fim os convidados concordaram que falta um toque mais humano nessa cidade cheia de muros. É preciso apreciar o que está à nossa volta, caminhar mais, utilizar a bicicleta e o transporte público que nos permitem reparar melhor no meio onde vivemos, interagir com as pessoas, criar laços culturais e viver a diversidade. Saíram todos com a vontade de mudar a realidade descrita por Mathias Wolff, mediador de conflitos: “A rua é sua até a hora que você sai do carro”.

Confira o debate na íntegra no facebook e fique de olho nas próximas edições.

 

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